terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fugitivos

Não é possível que se possa matar uma pessoa tantas vezes.
Além do corpo, da alma e da memória, a fuga de assassinos como Zeu só reforça o que todos sabem: crime hediondo é crime! Também exuma-se o respeito?

Não pode!

Essa ditadura judiciária, essa consternação social, uma procrastinação política e burocrática de governantes que administram, mas não governam: assistem a espetáculos midiáticos com apelos à opinião pública. Andamos em círculos e cavamos não só a nossa, mas a cova de quem já estava morto.

Que vergonha.

Devemos lutar por mudanças de quem legisla e não da lei. É preciso mudar o homem. Não aguento mais essa complascência promíscua, essa falta de dignidade moral, mas que "cabe na legalidade".

Francamente...

A lei é inanimada, mas tem mais vida de que quem morre por ela.

Ou dos que vivem de seus favores.

8 comentários:

  1. É revoltante assistir à imprensa fazer o papel da polícia e da justiça. Ainda bem que há jornalistas que ainda acreditam, estes, sim, no trabalho que fazem. Oito anos após o assassinato de um repórter da mais importante emissora do país, um dos assassinos, que cumpriu menos do que cinco anos de prisão, e ainda teve a audácia de voltar ao mesmo local onde traficava drogas, as autoridades não sabem o que fazer. O poder Executivo culpa o Judiciário, que por sua vez responsabiliza o Legislativo. Nesta ciranda burocrática, quem sofre as agruras é o povo, que não aguenta mais sofrer por ter sofrido. Zeu representa não só a impunidade neste país, mas a afronta em si contra os governantes e a sociedade, que é tripudiar de quem deveria nos proteger.

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  2. Estamos cansados. Estamos tontos. É muito doloroso ver o assassino de um pai, de um filho, de um colega, de um amigo, estar livre e vendendo drogas no mesmo lugar onde, há quase uma década, Tim Lopes denunciava a feira-livre organizada por traficantes. Não sei bem o que dói mais: a falta de ação do Estado ou a falta de bom senso da Justiça. Passados oito anos, o assassinato de Tim parece não ter mudado muita coisa no Complexo do Alemão: cocaína e crack anunciados aos berros, como num mercadão popular, uma política de segurança omissa e marqueteira. UPP é um verniz político-social, enquanto a população é reduzida a pó.

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  3. Não sei mais por quem choro, ora são lágrimas
    para Tim, ora por Bruno e tb por toda a família em luto, a nossa, e a de todos os que perderam
    parentes e amigos, por todos os que perderam tempo reclamando, clamando e pedindo justiça.
    CHORO POR ESTA JUSTIÇA INJUSTA,pelos poderes
    que não podem ou dizem que não podem modificar
    nada, então sento na beira da calçada e
    espero que alguma coisa aconteça ou se mova
    nesta inércia fdp.

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  4. Primo, Zeu... Daqui a pouco é o Ratinho que vai fugir. E todo o sofrimento volta à tona, principalmente à família de Tim Lopes e seus colegas de trabalho. É uma tragédia anunciada. Aliás, um prenúncio. E como todo prenúncio, diferentemente da pronúncia, deveria-se antecipar a fugas promovidas pro brechas da lei - ou seria uma lei de brechas? Não podemos mais admitir que papéis antigos determinem o destino de novos crimes, novas modalidades em não só assassinar covardemente alguém, mas de como escapar da punição. O criminoso não teme a lei, porque ela está ao seu lado - e não ao da sociedade. É como aquela canção do Renato Russo: os assassinos estão livres, mas nós não estamos. Estamos presos aqui fora e eles estão soltos, como sonâmbulos sociais desprovidos de justiça, mas calçados pela lei.

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  5. Defitinivamente. Somente a Imprensa funciona nesse país...

    Ela é a fiscal, a denunciante...a incansável lutadora por justiça...

    Perplexo...lastimável...

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  6. Marcelo Maia
    Será que a vida do jornalista, na valoração social teria um peso Maior?
    Quantos SILVA tem morrido, seja pelo vicio da droga, vendidas por uns ZEUS, ou pela vioência imposta por estes.
    Não pode é a mídia determinar prisão perpétua, a fim de aliviar o seu sentimento de culpa, pois o ilustre jornalista estava a serviço da poderosa emissora, com a missão de captar mais imagem da feira de drogas.
    Temos que lutar para um país mais justo, com leis severas, com o endurecimento de ações contra o trafico de drogas, pois toda violencia que vivenciamos em nosso estado é fruto do comércio ilegal de entorpecentes.

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  7. A morte do jornalista provou que a violência é democrática. Por causa da repercussão do assassinato, é que as camadas sociais estratosféricas resolveram se mexer. Nenhuma vida vale mais do que outra, homens de bem não têm classificação diferente, são todos iguais. E é por isso que morrem nas mãos de quem não tem medo de ser punido, ou que querem fazer alguma coisa com a bunda na cadeira, dando canetada para trazer ao nosso convívio, novamente, quem mata nossos filhos, nossa família. Tim, meu amigo, você não morreu em vão, não. Pro caralho essa canalha!

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  8. Se todos fossem no mundo iguais a vc....

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